A Amazon prepara-se para entrar no negócio de venda e distribuição de medicamentos. As movimentações em solo nipónico permitem vislumbrar uma entrada da gigante norte-americana num poderoso e rentável segmento.
A indústria farmacêutica é um dos mercados mais rentáveis do mundo e cada vez mais há um comércio online a prosperar. A Amazon sabe disso e ao que tudo indica a gigante das vendas online está já a definir uma estratégia para entrar nesse mercado colocando a sua oferta como vendedora e distribuidora online de medicamentos e outros produtos da linha farmacêutica.
Segundo informações veiculadas pela comunicação social norte-americana há alguns dias atrás, a empresa terá contratado um diretor-geral para liderar uma equipa dedicada ao projeto e é possível que esteja a planear tornar-se num pharmacy benefits manager, uma vez que está a testar internamente este conceito com os seus colaboradores.
Os testes já começaram no Japão onde a Amazon já expandiu o serviço de entregas Prime Now, passando a incluir a venda de medicamentos (com aprovação do farmacêutico) e de cosmética com o apoio de parceiros locais. Por norma a a Amazon testa novas linhas de produtos em mercados internacionais, antes de entrar nos Estados Unidos.
Mas a Amazon não vende já medicamentos?
Não, medicamentos propriamente ditos não. Há já alguma oferta mas em produtos farmacêuticos que não medicamentos, são desde suplementos a acessórios que na verdade são também vendidos pelas farmácias. Contudo, este mercado nada tem a ver com o dos medicamentos que poderá gerar uma receita entre os 25 a 50 mil milhões de dólares. A Amazon sabe que esta é uma oportunidade para entrar num mercado multi-milionário. Certamente não estará em dúvida se entre ou não, está sim a dúvida de quando entrará.
Nos Estados Unidos, os planos se saúde e os seguros de saúde permitem uma zona cinzenta onde gravitam consumidores que não têm qualquer protecção ou então tem total liberdade para adquirir o medicamento onde entenderem, são então as fasquias onde a loja online poderá posicionar a sua oferta. O modelo deverá centrar-se como intermediário entre o fabricante dos medicamentos e o consumidor, contando assim com os descontos diretos e podendo gerir outras vantagens do pagamento online, tornando-se numa farmácia online licenciada.
A Amazon tem melhorado ao longo dos anos o seu serviço criando protecções ao consumidor, por forma a minorar as burlas e dar confiança a quem compra, permitindo assim um nível elevado de qualidade e fiabilidade. Este mercado dos medicamentos está assente, sobretudo nas compras online, na confiança de qualidade e controlo. A empresa terá uma prova de fogo mas que conhece já de muitos anos de experiência noutros segmentos.
Tags:
Vitor Martins
CEO do Grupo Pplware.com, administrador e editor em áreas tecnológicas.
Comentários recentes