Através do seu Conselheiro de Estado para os Assuntos Externos, Yang Jiechi, a China afirmou, este Domingo, que os EUA descarrilaram na cooperação entre os dois países no que diz respeito à cibersegurança, afirmando ainda que a China não tolera de maneira nenhuma qualquer tipo de pirataria.
Esta declaração foi feita depois de Yang Jiechi se ter reunido com o secretário dos EUA, John Kerry em Boston, com o objectivo de discutir vários tópicos que relacionam os dois países, sendo um dos principais a cibersegurança.
Nos últimos meses, têm sido várias as quezílias entre os dois países, sendo que em Maio, num movimento sem precedentes, o Departamento de Justiça dos EUA acusou cinco membros do Exército Popular de Libertação Chinês de roubar segredos comerciais de empresas norte-americanas.
Na acusação, os EUA alegaram que os homens pertenciam à unidade 61398 do exército chinês de Xangai. Segundo o Governo norte-americano, esta onda de pirataria foi conduzida por um período de 8 anos, roubando propriedade intelectual de empresas como a Westinghouse Electric, United States Steel, subsidiárias da empresa SolarWorld, entre outras.
Das várias informações roubadas, estavam presentes planos de construção de um projecto de energia nuclear e custos e preços de uma empresa de painéis solares.
No comunicado feito este domingo, o representante chinês não teceu qualquer comentário a estas acusações.
A relação entre os dois países ficou mais tensa com essa acusação do lado americano, no entanto, esta tensão já se tem arrastado desde 2010, ano em que a gigante Google acusou cibercriminosos chineses de roubarem a sua propriedade intelectual.
A Google afirma que foi uma das 20 empresas atingidas por essa campanha de ciberespionagem, campanha montada com a Operation Aurora, chegando mesmo a gigante americana a afirmar que o grupo ainda se encontra activo e tem ligações com o Governo chinês.
Por Hugo Sousa para Empresas Hoje
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