Em causa estão principalmente o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (NO2), gases com impacto climático abrangidos pelas metas nacionais de redução das emissões, no âmbito das negociações do Acordo de Paris.
Estas conclusões são ainda mais preocupantes se pensarmos que as projeções da AIE incluem apenas as emissões de GEE associadas à produção de energia. Considerando outras fontes de emissão, estas projeções podem estar subestimadas e chegar até, pelo menos, aos 50%.
Estima-se que as emissões de GEE, abrangidas pelas Contribuições Nacionais (INDCs – Intended Nationally Determined Contributions), serão um terço mais elevadas em 2030 do que atualmente, podendo atingir um total de 42 gigatoneladas de CO2equivalente.

A subida da temperatura média global, a variabilidade climática, o aquecimento, e acidificação dos oceanos ou ainda a escalada das emissões de carbono causadas por este aumento atual são impactos que poderão perdurar milhares de anos.
O mesmo alerta já tinha sido dado em relatórios anteriores do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC). De acordo com os mesmos, este cenário será catastrófico para milhares de milhões de pessoas já em 2050, ameaçando o futuro de toda a humanidade em 2100 e quase de toda a vida na Terra depois de 2100. Ao mesmo tempo, assistimos já a inequívocos sinais da sexta extinção em massa, com o desaparecimento de espécies a uma velocidade 1000 vezes superior à taxa natural.
Este relatório da AIE aponta que, para limitar o aumento da temperatura média global nos 2ºC, a produção de energia terá de atingir um pico de emissões globais a curto prazo, que deverão decrescer acentuadamente a partir desse momento. Esta análise considera os cenários mais optimistas e não considera o objetivo mais ambicioso definido no Acordo de Paris de ficar nos 1,5ºC.
Via Quercus
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