É um facto que a maioria dos CDOs (Chief Digital Officer) vêm das áreas do marketing e vendas, e na realidade, parece ser mais fácil e natural a evolução de um diretor de marketing para diretor digital, do que a evolução de um CIO dos dias de hoje para um diretor digital. Os CDOs (Chief Digital Officer) tendem a ter um papel mais focado na compliance e estão a surgir cada vez mais no setor bancário e de seguros ou em empresas com elevados níveis de litígio e regulamentação.
Embora o papel do CIO em si não esteja sob ameaça, este papel poderá tornar-se muito mais limitado do que é hoje em dia, graças ao aumento de CDOs de ambas as variedades (Chief Data Officer e Chief Digital Officer) e da Cloud
Vice-presidente do Gartner e analista, Debra Logan

Os CDOs focam-se mais em inovar com os dados, utilizando-os para chegar aos consumidores finais, e acabam por ter funções mais direcionadas para o desenvolvimento de produto e para a inovação.
O impacto adverso destes novos “Digital Executives” no papel dos CIOs atuais é acentuado quando estes reportam ao CFO ou ao COO: a tendência é serem considerados profissionais cujo trabalho tem a função primordial de reduzir custos, tanto ao nível do seu departamento em específico, como ao nível da organização como um todo. O que acontece é o CIO automatizar o material que pode ser automatizado, ao invés de criar valor pela inovação como neste momento os CDOs estão a criar.
O novo papel do CIO, ou a renovação do papel CIO, é cada vez mais um tema com mais peso na agenda da CIONET, enquanto comunidade internacional de executivos de IT. “Esta é uma questão que não é estranha a vários CIOs portugueses, que felizmente estão a conseguir adaptar-se às novas exigências do mercado, com criação de valor e inovação para as suas organizações”, remata Rui Serapicos, Managing Director da CIONET Portugal.
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