Dentro desta grande diversidade de empresas que fabricam dispositivos móveis podem ser destacadas três.
Comecemos pela Samsung, que tem acelerado um mecanismo de serviços com o intuito de colocar os seus dispositivos de uma forma mais focalizada às empresas, seja a nível de venda de tablets, seja com os seus smartphones.
Já a Apple, criou uma parceria com a IBM para tentar impulsionar a venda da sua linha de computadores no mercado empresarial. E por fim a Microsoft, que recentemente adquiriu a área de mobilidade e hardware da empresa Nokia. Esta, juntamente com o Surface e com outros dispositivos tenta também vingar neste mercado.
Contudo, no mundo empresarial, este dispositivo está a tornar-se irrelevante. Irónico, não?
Neste momento as empresas estão muito mais preocupadas e atentas à mobilidade, claro que não podendo separar os dois temas, a mobilidade é um tema muito mais amplo do que apenas dispositivos móveis.
Claro que as empresas devem continuar a impulsionar o “traga o seu dispositivo para o trabalho”, mas mais no sentido de manter os seus funcionários felizes com equipamentos tecnológicos.
Actualmente a mobilidade está directamente ligada com a computação na nuvem, não podendo estes dois termos ser separados, porque sem um nunca terá o outro.
As guerras entre a Apple e a Samsung até podem ser divertidas, mas essas guerras têm uma vida curta dentro das empresas. A apresentação feita pela Gartner Symposium ITxpo na semana passada destaca as partes móveis presentes na mobilidade empresarial.
Segundo o analista David Willis, em 2016 a Apple deverá representar apenas 40 por cento da quota de dispositivos móveis a nível empresarial, enquanto a sua principal rival Samsung irá representar apenas 20 por cento e ainda a sua outra rival Microsoft irá representar uma pequeníssima parte, uns 9% de quota de mercado.
Será a acção do dispositivo assim tão importante?
Muito provavelmente não. A Apple vai com certeza vender toneladas de dispositivos e com isso angariar uma margem de lucro considerável nesse sector. Mas no que diz respeito ao back-end, não vai com certeza ser o elemento mais importante na sua empresa. Quanto à Samsung, fará com que o Android seja o dispositivo mais utilizado nas empresas, podendo até angariar alguma receita em serviços e software.
A Microsoft não fará muita concorrência a nível de dispositivos, mas terá a sua suíte de mobilidade empresarial, que em conjunto com o Office 365 e com outro conjunto de ferramentas de back-end poderá entrar no negócio empresarial. Por fim, ainda irá encontrar a BlackBerry a nível empresarial, mas o futuro da empresa a nível empresarial está no BlackBerry Enterprise Server 12, tendo lançamento agendado para Novembro.
A questão que se coloca é, que fornecedor preferia ser? Um fornecedor de dispositivos móveis? Ou um fornecedor de serviços e software baseados na computação em nuvem? Acho que é uma decisão fácil de tomar esta, o verdadeiro lucro irá estar junto das empresas prestadoras de serviços e software na nuvem.
Todas estas guerras entre dispositivos móveis são muito divertidas, mas para o negócio real serão apenas um espectáculo à parte.
Por Hugo Sousa para Empresas Hoje.
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