As Tecnologias de Informação são a área com maior potencial de emprego no futuro devido à falta de profissionais da área, como explica o relatório: “numa situação de elevado desemprego na Europa e em Portugal e de elevadíssimo desemprego de jovens, é quase paradoxal como, em determinados segmentos profissionais, como este, a procura, em crescimento contínuo, de mão-de-obra especializada permaneça sem resposta. E muitas destas vagas manter-se-ão por preencher a não se que seja feito um maior esforço para atrair jovens para a educação em TIC e para reconverter pessoas desempregadas. A mobilidade internacional é, também, outro mecanismo possível para dar resposta a este problema.
Uma das razões para esta falta de mão-de-obra especializada é um insuficiente fluxo de graduados nos domínios nucleares da profissão, como as ciências da computação. A fuga dos alunos da matemática e outras ‘hard sciences’ são apontadas como as grandes responsáveis para esta falta de procura nos cursos desta área.

E a prova de que não é opção desistir é que, nos últimos anos, Portugal tem vindo a afirmar-se como um destino atractivo para os investimentos de multinacionais do sector que se instalam no país: centros de I&D, centros de competências e contact centers.
Os dados sugerem que as profissões qualificadas dedicadas à gestão, arquitectura e análise de negócio, do ponto de vista dos sistemas de informação e comunicação, serão as que mais crescerão mais (44% até 2020), enquanto ao nível dos especialistas, o crescimento do emprego estimado para o mesmo período é de 15,9%.
Ainda assim, os desafios são muitos e o relatório aponta alguns: “a necessidade constante de adaptação ao avanço da tecnologia, das suas aplicações e dos novos serviços e produtos daí decorrentes; a crescente importância das competências de I&D, design e gestão, arquitectura, análise de negócios e integração de sistemas de informação e comunicação; desenvolver melhor negócios a partir das TIC e da internet; necessidade de explorar a emergência de novas aplicações digitais para criar negócios e start-ups com potencial de crescimento; capacidades de comunicação, gestão de projectos, resolução de problemas, e outras “soft skills”.
Via Diário Económico | Conclusões disponíveis aqui
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